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domingo, 29 de janeiro de 2012

Um ataque na panturrilha de 65 mil dólares


Foi exatamente o que fez Charles do Bronx no UFC on Fox 2, neste sábado, em Chicago. Depois de tentar atacar tornozelo e joelho, Charles avançou para a chave de panturrilha.
A finalização, mais atípica nas lutas de MMA, pegou em cheio Eric Wisely. Com três finalizações nas três vitórias no UFC, esta é a terceira vez que Charles fatura o prêmio da noite, desta vez no valor de 65 mil dólares.
O melhor nocaute foi o de Lavar Johnson sobre Joey Beltran. Já a melhor luta foi a vitória de Nik Lentz sobre Evan Dunham.


Parabéns Charles do Bronx!

sábado, 28 de janeiro de 2012

Alongamento III


Efeito do número de semanas no treino de alongamento
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  • Quanto à relação entre número de semanas e ganho de amplitude de movimento, podemos perceber que os trabalhos variam muito. Certos protocolos dizem que um alongamento realizado por 20 segundos no músculo reto da coxa quatro vezes por semana, durante duas semanas, não encontrando diferença na flexão da perna. 

  • Outro protocolo alongou os flexores plantares por seis semanas com medidas após a segunda, quarta e sexta semana. Eles obtiveram um aumento na amplitude de movimento ativa após a segunda e a quarta semana, sendo que após a sexta permaneceu inalterada. Na amplitude passiva não obtiveram diferença na segunda semana, mas observaram ganhos após a quarta e a sexta semanas.

  • Um terceiro protocolo investigou o efeito de alongamento em músculos isquiotibiais duas vezes por dia, com 5 alongamentos de 45 segundos em cada sessão por três semanas, obtendo ganho significativo de amplitude de movimento. 

  • Outros estudos compararam compararam dois grupos que alongaram os músculos isquiotibiais até o máximo de amplitude sem dor, cinco vezes de 30 segundos 3 vezes por semana. Não acharam diferença entre o grupo que alongou por quatro semanas e aquele que alongou por oito semanas.


Alongamento e ganho de força

  • Trabalhos importantes discursam que os ganhos de força podem limitar a flexibilidade, ou de maneira contrária, que os ganhos substanciais na flexibilidade podem ter um efeito nocivo sobre a força. Outros trabalhos alertam para a diminuição da força voluntária máxima realizada logo após o alongamento. Mas o aumento da flexibilidade a longo prazo parece que, ao contrário do efeito agudo, aumenta a vantagem mecânica muscular.

  • A importância da energia potencial elástica no músculo durante o exercício é bem descrita. Estima-se que 50 a 70% do trabalho externo produzido vem da energia mecânica armazenada nas estruturas elásticas do músculo. No estudo sobre saltos rápidos de pequena amplitude, a energia elástica armazenada nos músculos contraídos do tornozelo, da aterrissagem até o salto, contribuiu em 60% para o trabalho positivo no próximo salto54. 

  • Estabeleceram num trabalho certa vez que a quantidade de energia armazenada pelo alongamento é igual ao produto da rigidez elástica pelo quadrado da distância alongada. (não sou chegado a fórmulas) 

  • Vários estudos realizados com músculo isolado de rã confirmam que grandes excursões de comprimento são necessárias para conseguir o máximo ganho de energia mecânica e que o ganho devido a essa variação é proporcional ao comprimento médio muscular. É importante frisar que se trata de um mecanismo de aproveitamento de energia elástica e não propriamente força muscular, isso significa que a melhor condição de alongamento possibilita o melhor rendimento, o que não aumenta a força.

  • O uso da energia potencial elástica tem sido estudado nos movimentos de ciclos alongamento-encurtamento. Vários autores têm sugerido que o aumento na produção de força nessas contrações cíclicas tem relação com o aumento da utilização de energia elástica armazenada pelo ganho no comprimento muscular.


Boa Leituta


quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Savate - Boxe Francês




O Boxe Francês, atualmente denominado por Savate cujo nome pertence à umas das modalidades de combate que lhe deu origem, assim como o Chausson, nasceu na França por volta de 1790. Significa "sapato" ou "bota", e era também o termo usado pelos parisienses, lutadores de rua, que usavam todas as partes do corpo como armas, sobretudo os pés, dirigidas aos pontos vitais do adversário. 

Não se pode atribuir a Savate a um só criador, existiram algumas pessoas que foram os principais colaboradores na criação deste sistema. Entre eles, Michel Casseux, conhecido também pelo nome de Pisseux (apesar de certos historiadores não reconhecerem esse segundo nome como tal) e talvez o mais famoso, que criou a "Teoria da Savate", onde Casseux classificou a arte em 15 divisões de técnicas de pé ou bota e 15 divisões de bengala (canne) ou bastão.

Dando lições à burguesia e nobreza, Casseux conseguiu popularizar a Savate, derrubando a idéia de que esse sistema só servia para os marginais.

O interesse pela Savate começou a se espalhar pela Europa, atingindo também a sua popularidade nos Estados Unidos e Canadá.

A Savate sofreu algumas mudanças, após a derrota de Charles Lecour, o melhor aluno de Casseux, por um lutador de Boxe Inglês chamado Owen Swift, o qual decidiu aprender as técnicas inglesas de luta de punho por volta de 1845.

O Boxe Inglês, baseava o ataque nos braços e punhos, enquanto a Savate via as mãos somente como armas defensivas. Lecour decidiu aprender as técnicas inglesas com um campeão inglês, Adams, radicado em Paris.

Lecour, homem inteligente, percebeu que os franceses não estavam tirando vantagem do uso das mãos, e que os ingleses só viam as pernas como recursos de avanço e recuo, o qual começou a combinar o Boxe Inglês com a Savate, começando a dar aulas sob a designação de Boxe Francês.

No entanto, foi o seu irmão Hubert, o primeiro a ver no Boxe Francês uma arte refinada.

Mais tarde, por volta de 1899, outro colaborador chamado Joseph Charlemont (considerado o verdadeiro pai da modalidade) escreveu vários livros nos quais codificou e aperfeiçoou os métodos existentes no Boxe Francês.

Charlemont dava muita importância a precisão dos pontapés e conseguia controlá-los a ponto de colocar um “coup de pied chassé” numa janela e tocar o vidro sem quebrá-lo mas esmagando a mosca que lá se encontrava.

Joseph Charlemont, por razões políticas exilou-se na Bélgica, por onde leccionou a arte. Explica-se por esse fato, a qualidade técnica e tradições da Escola Belga. Mais tarde regressaria a França e voltaria a dar aulas em Paris.

Seu filho Charles, excelente praticante e mestre subsistiu o pai no ensino na capital (11 rue des Martyrs).

Durante o curso desse século a Savate vem sendo amplamente praticada. Foi ensinada nas forças armadas francesas como parte do treino básico (Joinville, onde era ensinado o método das 4 faces), e escolas foram abertas na Bélgica, Suiça, Itália e Alemanha.

Em 1924, a Savate - Boxe Francês foi desporto de demonstração dos jogos Olímpicos de Paris, tendo o Conde Baruzi, 11 vezes campeão de França, combatido em duas categorias diferentes no mesmo dia.

Georges Carpentier, Campeão mundial em 1921(m/pesados) e 1922 (pesados), foi campeão de França com 14 anos. Carpentier dizia que a sua potência de punhos “vinha” das pernas.

Depois da 2ª Guerra, a Savate foi praticada por um pequeno núcleo de pessoas. O grande impulsionador do “renascimento” foi o Conde Pierre Baruzi.

Hoje, a Savate é praticada internacionalmente por homens e mulheres e o campeonato mundial acontece a cada dois anos, alternado com o campeonato europeu na forma de combate e igualmente na forma de "assaut".

A alteração do nome, foi derivada da intenção de ser novamente modalidade de exibição nos Jogos Olimpicos, se fossem realizados em Paris, cidade candidata à organização em 2012 (tal não aconteceu).

Nos anos 70, por uma divergência federativa, um grupo dissidente, passou a denominar o Boxe Francês de Savate, de forma a ser distinguindo da federação.

Pouco tempo depois, com ajuda do governo, juntaram-se os dois movimentos numa federação: Fédération Française de Boxe Française/ Savate et disciplines assimilées.

Hoje a entidade responsável alterou-se para F.F.de Savate/BF DA.

As Graduações:
  • Luva Azul (iniciante)
  • Luva Verde
  • Luva Vermelha
  • Luva Branca
  • Luva Amarela
  • Luva de Prata

Hoje atletas de MMA associam as técnicas do Savate ao seu arsenal levando o oponente para pontos estratégicos. É uma luta muito técnica assim como o Brazilian Jiu-Jitsu, porém pouco disseminada. O Atleta de MMA Daniel Moraes um exemplo claro desse casamento (BJJ/S) primeiro brasileiro a recorrer ao Savate em torneios de MMA. Aluno do Mestre Richard Desforest que adapta técnicas do Savate ao BJJ de Daniel. Richard Desforest é faixa preta de Jiu-Jitsu.


No próximo sábado, dia 28 de janeiro de 2012, acontecerá em BH-MG, no Mineirinho, a Copa Minas Gerais de Savate e a Copa Wilson Fight de Boxe Olímpico.

O evento será realizado por Wilson Peterson, que é instrutor de Savate (ou Boxe Francês), luva amarela de Savate

Boa Leitura


domingo, 22 de janeiro de 2012

Alongamento II


Número de repetições do alongamento


  • Pesquisadores estudaram o efeito imediato de um protocolo de três alongamentos estáticos em músculos isquiotibiais de 45 segundos com intervalos de 30 segundos entre eles, e relataram que não houve efeito de um alongamento na flexibilidade do seguinte.

  • Outros autores examinaram os efeitos da freqüência diária de alongamento de músculos isquiotibiais cinco vezes por semana, durante seis semanas, em cinco grupos: controle, alongamento de 1 minuto uma vez por dia, alongamento de 1 minuto três vezes por dia, alongamento de 30 segundos uma vez por dia, e alongamento de 30 segundos três vezes por dia. Concluíram que todos os grupos experimentais tiveram flexibilidade aumentada em relação ao controle, mas não tiveram diferença estatisticamente significante entre si. No músculo esquelético o volume celular é regulado, principalmente pelas forças mecânicas, ou seja, a carga faz com que as células se hipertrofiem e a falta crônica de carga resulta em atrofia.

  • Baseados nisso, estudiosos publicaram/descobriram uma enzima (p54-JNK) que é um marcador quantitativo da estimulação mecânica nesse tecido e estudaram a relação entre tempo de tensão e freqüência de mudança de tensão (repetições cíclicas) no alongamento baseados na concentração dessa enzima. Para isso, ratos tiveram joelhos e tornozelos imobilizados enquanto o músculo gastrocnêmio era estimulado eletricamente por cinco minutos. Foram divididos em cinco grupos: controle; estimulação elétrica contínua imitando um alongamento estático; estimulação com alta freqüência de mudança de tensão imitando um alongamento cíclico; estimulação com baixa freqüência imitando um alongamento cíclico mais lento; e o último uma estimulação elétrica curta com um longo espaço até a próxima estimulação. Este último grupo não diferiu do controle enquanto os outros grupos tiveram diferenças estatisticamente significantes. Os dois grupos de alongamento cíclico não tiveram diferenças significantes entre si, e o grupo de alongamento teve diferença significante quando comparado a todos os grupos. Este trabalho está de acordo com a lei de Hooke e não só comprova a eficácia do alongamento estático sobre o cíclico como também demonstra que é mais eficaz um alongamento mantido por um tempo continuo do que com interrupções.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Entrevista - Cirurgião Ortopédico Dr. Antonio Kim

Dr. Antonio Kim é Ortopedista e Traumatologista, Especialista em Cirurgia do Pé e Tornozelo e Reconstrução Óssea, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina com forte ligação com o meio esportivo. Faixa Marrom de Jiu Jitsu da academia Gracie Barra é grande amante dessa nobre arte.

Conte-nos um pouco de sua historia com as artes marciais e como você conheceu o Jiu Jitsu.

Aos seis anos de idade comecei a praticar o Karate, graduando-me faixa preta aos 16 anos de idade. Porém, foi em 1998 que o fascínio pela "arte suave", o Jiu Jitsu, teve inicio. Iniciei os treinos durante a faculdade de medicina, em Florianópolis, por influência dos amigos, e desde então o significado do  Jiu Jitsu, foi além de uma arte marcial ou um simples esporte, tornou-se sim, uma filosofia de vida.


As pessoas ainda tem uma visão que os praticantes de artes marciais precisam ser super atletas e por conta disso muitas pessoas acabam deixando de se beneficiar com a pratica de lutas. Qual sua visão sobre a prática de artes marciais?

Esta é uma visão extremamente errônea. A grande maioria dos praticantes, são pessoas comuns, que buscam uma defesa pessoal ou melhora da performance física. A prática do Jiu-Jitsu é universal, ou seja, pode ser praticada por qualquer pessoa, independentemente do esta físico, sexo, idade, cor ou raça!


O foco da Gracie Barra é melhorar a qualidade de vida das pessoas através da prática do Jiu Jitsu. Como médico você acredita que o Jiu Jitsu pode ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas?

Com extrema certeza que o Jiu- Jitsu melhora a qualidade de vida de seus praticantes. É uma arte que acalma o espírito, fortalece o corpo e enobrece a alma.


Independente do objetivo do praticante o Jiu Jitsu ajuda a melhorar a composição corporal diminuindo o percentual de gordura e aumentando a massa muscular dos participantes. Qual a importância dessa constatação?

Sabe-se que a doença cardiovascular é a principal causa de mortalidade mundial e está intimamente relacionada aos altos índices de gordura corporal. Portanto, uma vez que a pratica do Jiu Jitsu diminui o índice de massa "gorda" corporal, observamos uma elevação no quesito qualidade de vida, alem de aumentar a expectativa de vida de seus praticantes.


A Gracie Barra gostaria de agradecer o tempo que você destinou para nos atender e abrimos espaço para suas considerações finais.

Gostaria de agradecer a oportunidade de expressar minhas opiniões nesta agradável entrevista e parabenizar os professores Alexandre M Ricardo e Andre Campos pelo excelente trabalho realizado em prol do Jiu Jitsu Catarinense e Nacional.  Aproveito a oportunidade, para aqueles que ainda não conhecem o Jiu Jitsu, convidá-los a realizar uma aula experimental em qualquer escola Gracie Barra da cidade. Com certeza irão se apaixonar por esta arte tão nobre.
Ossssssssssssssssss


Dr.Antonio Kim
Instituto de Ortopedia e traumatologia de Joinville
Cirurgia do Pé e Tornozelo
Fone:             (47) 34332020      



Alongamento I

Duração



Nota: Essa compilação de informações foi extraída de meu acervo pessoal de artigos e da Dissertação de Mestrado de José Luís Pimentel do Rosário. Optei por não citar fontes nos parametros conhecidos por ter a certeza de que não são todos os leitores pessoas inteiradas no mundo acadêmico e claro nas normas da ABNT


Muitos autores investigaram a duração do alongamento e suas repetições no sentido de otimizar estas variáveis.

A literatura atual já chega a um consenso em alguns pontos, enquanto outros permanecem discutíveis.

  • Um grupo de autores compararam os efeitos de 15, 45 e 120 segundos de alongamento passivo em posição abduzida de quadril. Como resultado obtiveram que o alongamento sustentado por 15 segundos foi tão efetivo quanto o sustentado por 120 segundos.

  • Dois outros estudos investigaram mudanças na flexibilidade em humanos como resultado de diferentes durações no alongamento estático.

    1. Em um dos estudos examinaram os efeitos do tempo de alongamento dos músculos isquiotibiais em três grupos por 15, 30 e 60 segundos, cinco vezes por semana, durante seis semanas, comparados com um grupo controle que não foi alongado. A eficácia foi igual em 30 e 60 segundos, sendo mais efetivo que 15 segundos ou nenhum alongamento. Estes mesmo autores compararam posteriormente não só o tempo, mas a freqüência diária de alongamentos, encontrando resultados iguais em termos de tempo e ausência de significância estatística entre alongamentos realizados uma ou três vezes por dia.

    1. Já em outro estudo foi concluído que alongamentos de 10 segundos foram tão efetivos quanto os de 20 e 30 segundos. Mas em seus resultados pode-se notar que os dados parecem apontar para o fato de que os grupos alongados por 20 e 30 segundos chegaram a um platô depois de sete semanas, mas o grupo alongado por 10 segundos aumentou a amplitude de movimento gradualmente durante as dez semanas podendo significar que estes alongamentos com duração mais longa geram um ganho de amplitude de maneira mais rápida.

  • Em um estudo realizado com idosos, concluíram que alongamentos de 15 e 30 segundos repetidos quatro vezes em cada sessão, cinco vezes por semana por seis semanas, aumentaram a amplitude de movimento significativamente em relação ao grupo controle, porém o grupo que alongou por 60 segundos foi o que obteve maior amplitude articular.

  • Dois importantes pesquisadores realizaram seis tipos diferentes de alongamentos estáticos ativos para membro inferior três vezes por semana durante cinco semanas, sendo que um grupo sustentou o alongamento por 5 e o outro por 15 segundos, repetidos de tal maneira que ambos os grupos chegassem a um total de 45 segundos de alongamento sustentado intervalado. Como resultado não obtiveram diferença significante entre os grupos quanto ao alongamento passivo, mas uma diferença bastante significante quanto ao alongamento ativo que se mostrou maior no grupo alongado por 15 segundos.

  • Estudiosos colocam que o alongamento em músculos isquiotibiais encurtados realizados por quatro semanas, duas vezes ao dia por 10 minutos não mostrou diferença na extensibilidade e sim um aumento na tolerância ao alongamento.

  • Em contrapartida um dupla famosa por um clássico livro (Exercícios Terapêuticos) diz que afirmam que os ganhos obtidos com alongamentos de curta duração são transitórios e atribuídos a uma folga temporária entre as actinas e miosinas nos sarcômeros. Já o alongamento de 20 minutos ou mais traria ganhos mais duradouros.

  • Cientistas do oriente argumentam em um estudo que quando uma substância é exposta a uma força passiva (alongamento), ela será deformada de acordo com as propriedades viscoelásticas do material, e quando uma força relativamente baixa é sustentada por um longo período de tempo, a maioria dos materiais deforma de uma maneira tempo-dependente. Isto tem relação com o que se chama em biomecânica de arrasto “creep” que ocorre quando uma carga de baixa magnitude abaixo do ponto de rendição (Ponto de rendição – ponto onde uma estrutura elástica perde esta característica por um excesso de carga aplicada)  e geralmente dentro da amplitude elástica é aplicada por um longo período de tempo. Quando a força é interrompida, o tecido voltará ao seu comprimento original, também de uma maneira tempo-dependente.

  • Outro grupo de estudiosos disseram que quando forças de tração são continuamente aplicadas, o tempo requerido para alongar o tecido a uma quantidade específica varia inversamente com as forças usadas. Levando em consideração a lei de Hooke (Lei de Hooke – lei da física que estabelece uma relação aritmética constante e proporcional entre força aplicada e a deformação resultante ) e o módulo de elasticidade (Módulo de elasticidade - coeficiente que diz respeito à flexibilidade inerente de cada material ) podemos deduzir a seguinte equação:

1.      Lei de Hooke: Grau de deformação = força aplicada / coeficiente de elasticidade. Como a força necessária para o alongamento de um material é inversamente                                                              proporcional ao tempo de aplicação da força, ou seja, uma pequena força precisa de um tempo mais longo que uma grande força para obter o mesmo alongamento temos:

2.      Grau de deformação = força aplicada X tempo de aplicação/coeficiente de elasticidade Esta equação significa que a quantidade de alongamento ganho é igual à força aplicada no sentido de alongar a fibra muscular multiplicada pelo tempo em que esta posição é mantida, dividida pelo coeficiente de elasticidade do músculo em alongamento. Ainda os mesmos autores da complicada dedução acima discutem que uma força muito grande pode provocar danos aos tecidos musculares e será difícil de ser mantido por um período longo, mas um alongamento mais sutil mantido por um tempo longo é mais seguro e mais eficaz, sendo que quanto maior o tempo, maior a quantidade de alongamento obtido.

  • Um importante pesquisador realizou um trabalho com seis grupos de ratos. O primeiro grupo não foi imobilizado, o segundo teve o músculo sóleo imobilizado em posição de encurtamento por duas semanas. Os outros grupos também foram imobilizados, mas tiveram um período diário de alongamento de 15 minutos, 30 minutos, 1h e 2h. Após as duas semanas o grupo imobilizado teve uma perda considerável da amplitude de movimento e o número de sarcômeros em série do músculo foi reduzido em 19%. O alongamento de 15 minutos teve um aumento na amplitude de movimento e uma pequena, mas significante perda de sarcômeros em série. Períodos de alongamento de 30 minutos e 1 hora mantiveram a dorsiflexão normal do tornozelo e preveniram a perda de sarcômeros. Com as 2 horas de alongamento diário houve um aumento no número de sarcômeros em série de 10%.





Espero que possam aproveitar algo em seus treinos, sempre consulte um profissional habilitado... Analise as informações aqui contidas e veja que muitas divergem uma da outra, mas que de certa forma seguem um certo parâmetro. Não tome frases vagas como respaldo, analise o contexto...  

Continua


sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Pilates auxilia na preparação de Thiago Tavares para o UFC


Prezados leitores

Talvez os lutadores e praticantes de Artes Marciais nunca pensaram em agregar aos seus treinos uma técnica aparentemente tão suave quanto o Pilates. O Atleta Thiago Tavares é a prova do sucesso dessa junção. Aproveitem a leitura e nunca deixem de buscar um Instrutor de Pilates Qualificado.
Exercício com técnica apurada conhecido em todo o mundo, o Pilates proporciona mais que equilíbrio entre corpo e mente: a atividade vem sendo usada também para prevenir lesões em atletas de alto rendimento. 
A modalidade fez parte da preparação do lutador Thiago Tavares para disputar o Ultimate Fighting Championship (UFC), no Rio de Janeiro.
Com o treino intensivo dos dias que antecedem a luta, o atleta contou com um trabalho especial feito pela ex-atleta e campeã de marcha atlética Ivana Henn. Ela é dona da maior rede de Pilates do Brasil e conheceu a modalidade justamente para tratar de uma lesão. 
Com 29 recordes brasileiros e dois sul-americanos de marcha atlética, Ivana começou a praticar Pilates para reabilitar uma lesão que teve no quadril quando competia. “O esforço do Thiago foi imenso e nós só trabalhamos para contribuir ainda mais com seu rendimento, usando o Pilates de forma preventiva, para minimizar a possibilidade de lesões num período intenso de treino”, explica Ivana.
Thiago praticou um programa semelhante no ano passado e os bons resultados o levaram a incluir mais uma vez o pilates na preparação. O treinamento é feito com técnicas da modalidade aplicadas aos movimentos mais usados na luta, priorizando pernas e ombros. O atleta recebeu atendimento personalizado para o combate do UFC, uma das lutas mais importantes da sua carreira.

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ENTREVISTA

O peso leve Thiago Tavares está em festa. Desde que nocauteou Spencer Fisher no UFC Rio, o catarinense já “atacou” lojas de doces, açaí e outras comidas que foi forçado a abandonar par bater os 70kg da categoria. “Estou me estragando desde então (risos)”, brinca o lutador. Em entrevista exclusiva à Tatame, Thiago falou sobre a vitória, a emoção de lutar no Rio, a estratégia para o duelo e a festa após o combate: “Me sinto a pessoa mais feliz do mundo. Não sabia que tinha tanta água no corpo, porque já perdi muita água chorando”. Confira:


Tatame: O que achou da luta?



Thiago Tavares: Foi demais… Ainda não vi a luta, mas o que posso ver é a minha felicidade. Não sei o que aconteceu, só que ganhei. Me sinto o homem mais feliz do mundo. Quando acabou a luta, não sabia se chorava ou se berrava. Parece que eu descobri um novo mundo. Foi muito bom voltar a vencer, ainda mais no UFC Rio. Ontem foi o dia mais feliz da minha vida.



Tatame: Esperava que a luta fosse assim?



Thiago Tavares: O campeão da categoria (Frankie Edgar) já o enfrentou e não o finalizou… Não que eu seja o melhor do mundo, mas isso mostra como ele (Fisher) é duro. Ele é muito bom, difícil de finalizar, mas eu consegui fazer um joguinho bom.


Tatame: O que você fez na luta, era a estratégia traçada?

Thiago Tavares: O Kevin Souza, um dos meus treinadores em pé, me ligou rindo depois da luta. Chegou a ser engraçado. Criamos algumas possibilidades que ele poderia fazer na luta… Na primeira, imaginamos que ele ia tentar me “afogar”, andando pra frente, e fizemos isso mais de 20 vezes no sparring. Foi exatamente o que trabalhamos. Trabalhamos na grade, de travar a perna dele, e deu certo na luta. Apostamos que ele faria um jogo e acertamos tudo, foi incrível. Essa vitória dedico aos meus professores Kevin Souza, Kelson Pinto e Pedro Paulo Peu, a todo Brasil e a Floripa.

Tatame: Como foi a recepção em Florianópolis?



Thiago Tavares: O aeroporto parou para me receber, todo mundo querendo me dar os parabéns. Floripa inteira vendo o UFC Rio, era o mínimo que eu poderia fazer: dar o meu sangue e vencer. Se eu não conseguisse a vitória, pelo menos daria o meu sangue ali. Me sinto a pessoa mais feliz do mundo. Não sabia que tinha tanta água no corpo, porque já perdi muita água chorando (risos).


Tatame: Você vinha de derrota no UFC. Quão importante foi essa vitória?

Thiago Tavares: Graças a Deus ganhei de um cara de nome, que já lutou contra grandes do esporte, e estou feliz de ter conseguido essa vitória. Só quero continuar fazendo meu trabalho da melhor maneira possível, representando meu povo. Quero lutar logo, nos próximos três meses. Se conseguir lutar até dezembro estou feliz. Nunca escolhi adversário e não vou escolher agora.



Tatame: O UFC Rio foi recheado de momentos emocionantes, mas a vitória do Minotauro talvez tenha sido a maior delas. Como foi a sua reação quando ele nocauteou o Schaub?



Thiago Tavares: Rodrigo é um herói… O Anderson é o melhor do mundo, como se fosse um mágico. A gente só fica esperando a hora que ele vai lançar a mágica. Ver o Minotauro lutar é como assistir a um filme do Superman ou Rocky Balboa. O herói às vezes até começa perdendo, mas ganha do vilão no final. Esse é o Minotauro. Quem não estava lá no UFC Rio perdeu. Foi demais. Entrou para a história. Já assisti a grandes eventos na Califórnia, Inglaterra, mas o UFC Rio foi o evento mais emocionante que vi na vida.






Por Guilherme Cruz, via Tatame.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Conhecimento Nutricional III - Hidratação


Chega aqui o final de nossa série de reportagens sobre Conhecimento Nutricional. Nunca deixem de consultar um Nutricionista sempre antes de tomarem decisões sobre suas dietas. Sua Saúde Agradece!


Hidratação



Com o aumento da atividade muscular ocorre um incremento da produção de calor no organismo, que é dissipado em parte pela produção de suor. Para se prevenir a desidratação é necessário repor estes líquidos rapidamente. A desidratação afeta a força muscular, aumenta o risco de cãibras e hipertermia e, conseqüentemente, o desempenho . 

A taxa de suor de um atleta irá depender de variáveis como superfície corporal, intensidade do exercício, temperatura ambiente, umidade e aclimatação.

Um nível adequado de hidratação só é mantido em pessoas que praticam atividades físicas se ingerirem quantidade suficiente de líquidos antes, durante e depois dos exercícios. A dificuldade de se manter um balanço entre a perda e o consumo de líquidos ocorre devido a limitações na freqüência da ingestão de líquidos, esvaziamento gástrico e absorção intestinal.

Conseqüências da desidratação Tanto a função fisiológica quanto a termorregulação podem ser afetados por qualquer grau de desidratação. Com a progressão da desidratação e a diminuição do volume plasmático, o fluxo sangüíneo periférico e o ritmo da transpiração diminuem e a termorregulação se torna mais difícil. 

Com isso, ocorre aumento na freqüência cardíaca, na percepção do esforço, na temperatura central e na fadiga prematura. Com a perda de 5% do peso corporal através do suor, o desempenho diminui em cerca de 30%. Se a desidratação persistir com perda de água superior a 7%, o risco de colapso circulatório torna-se iminente e, em extremo, a hipertermia pode levar ao choque térmico e morte.

No futebol, uma perda de peso corporal de 5 a 6% gera uma queda de 10% no desempenho do jogador, e uma perda de 2% de peso corporal já compromete a função cognitiva do jogador.


Reposição de líquidos

A depleção de glicogênio muscular durante o exercício afeta o desempenho, e a não-reposição desses estoques não implica risco para a saúde. Já a inadequada reposição de líquidos durante o exercício cria distúrbios ameaçadores no equilíbrio hídrico e na temperatura central, pondo em risco a vida do atleta.

Hidratação pré-exercício Os atletas devem iniciar o exercício bem hidratados. A ingestão de grande quantidade de líquidos antes do exercício, levando a um estado de hiperidratação, protege contra o estresse térmico, porque retarda a desidratação, aumenta a transpiração durante o exercício e minimiza a elevação da temperatura central, contribuindo para um melhor desempenho.

A recomendação do American College of Sports Medicine e da National Athletic Trainers’ Association é ingerir de 400 a 600 ml de líquidos entre duas a três horas antes do exercício. Assim, o atleta iniciará o exercício bem hidratado e terá tempo suficiente para eliminar o excesso de líquidos através da urina.


Hidratação durante o exercício

A hidratação durante o exercício permite uma diminuição na taxa de hipertermia e uma manutenção do desempenho. O consumo voluntário de bebidas esportivas, conhecidas como isotônicos, é maior do que o de água, por causa de sua palatabilidade. Temperatura da bebida, “doçura”, sabor e intensidade do gosto na boca e acidez são características que influenciam a palatabilidade; conseqüentemente, elas estimulam ou não o consumo de líquidos durante o exercício.

Os benefícios do consumo de bebidas esportivas, quando comparadas aos da água, dependem de : 1) quantidade de fluido ingerida; 2) tempo que o líquido leva para ser esvaziado do estômago; 3) tempo que leva para ser absorvido no intestino; e 4) se o líquido atenua a oxidação de carboidrato endógeno (estoques de glicogênio). 

As bebidas ingeridas nesse período devem, então, conter carboidrato e alguns eletrólitos, como o sódio e o potássio.

O carboidrato é importante, já que sua ingestão melhora o desempenho, ajudando a manter as concentrações de glicose no momento em que as reservas de glicogênio muscular estão diminuídas, permitindo a utilização de carboidrato e a produção de energia para o atleta continuar o exercício.
O processo de hidratação nesse período irá depender tanto do esvaziamento gástrico quanto da absorção intestinal. 

Normalmente, após o consumo de líquidos, o esvaziamento gástrico é considerado o primeiro fator limitante para tornar este líquido disponível na circulação. O estômago desempenha o papel de um reservatório, onde não ocorre nenhuma absorção significante e de onde o líquido deve ser esvaziado para o intestino. O esvaziamento gástrico dependerá de vários fatores, como: intensidade e tipo do exercício, volume ingerido, densidade energética, osmolalidade, temperatura e tipo de carboidrato contido na solução.

Já a absorção intestinal dependerá de variações no tipo e na concentração de carboidrato, concentração de sódio e osmolalidade da bebida.

A recomendação de ingestão de líquidos durante o exercício é de 150 – 200 ml a cada 15 – 20 minutos.


Hidratação após o exercício

O sucesso de uma hidratação adequada após o exercício depende do balanço entre a ingestão de líquidos e as perdas urinárias. Uma ótima reidratação requer um planejamento de ingestão de líquidos, para superar tanto problemas fisiológicos quanto problemas práticos, como dificuldade de acesso a líquidos. 

Contudo, na maioria das vezes o atleta não consome líquidos em quantidade suficiente para repor o que ele perdeu durante o exercício. Nesse período, é necessário que ocorra uma reposição de 150% do volume perdido durante o exercício, já que, após o término deste, as perdas através do suor e da urina continuam. 

A bebida a ser oferecida nesse período deve conter carboidrato, para repor os estoques de glicogênio muscular, sódio e não deve conter nem álcool nem cafeína, que são substâncias diuréticas. Para que o processo de reidratação seja eficiente, é necessário um plano especial de ingestão de líquidos, visto que a sede e a ingestão voluntária irão interferir na restauração das perdas através do suor na fase aguda (0 – 6 horas) do processo de recuperação. 

O líquido a ser consumido nesse período deve ser palatável e deve conter sódio, para maximizar a retenção dos líquidos ingeridos.



Bons Treinos e espero que esta matéria (dividida em 03 partes) possa ajudá-los.


Igor Andrade

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Conhecimento Nutricional II - Proteínas/Lipídios/Vitaminas e Minerais


Proteína

As necessidades protéicas de um atleta são maiores do que as de um indivíduo sedentário, devido ao reparo de lesões induzidas pelo exercício nas fibras musculares, ao uso de pequena quantidade de proteína como fonte de energia durante a atividade e ao ganho de massa magra.

A proteína contribui para o pool energético durante o repouso e o exercício, porém em indivíduos bem alimentados, ela fornece menos do que 5% de energia. Com o aumento da duração do exercício, a proteína contribui com a manutenção de concentrações de glicose através da gliconeogênese no fígado. Deve-se ter atenção com a ingestão de uma elevada quantidade de proteína, já que isso pode comprometer a ingestão de carboidrato, causar desidratação e o excesso de proteína pode ser estocado como tecido adiposo.

A ingestão de 1,2 a 1,5 de proteína/kg de peso corporal/dia é a mais recomendada para atletas em geral.




Lipídio

Apesar de o glicogênio muscular desempenhar papel-chave na produção de energia, a gordura também fornece energia durante o exercício.

A maior parte do substrato lipídico é proveniente dos ácidos graxos livres mobilizados do tecido adiposo. Sua mobilização é mais acentuada durante os exercícios prolongados de intensidade moderada. A ingestão de gordura é essencial, visto que este nutriente fornece ácidos graxos que são necessários para as membranas celulares, pele, hormônios e transporte de vitaminas lipossolúveis.

A recomendação de ingestão deste nutriente é de no máximo 30% do valor energético total da dieta do atleta.


Vitaminas e Minerais

As vitaminas e os minerais desempenham um papel importante na produção de energia, síntese da hemoglobina, manutenção da saúde óssea, função imune adequada e protege o organismo contra danos oxidativos.


Com o aumento do consumo energético da dieta do atleta pela demanda de seus treinos e competições, é de se esperar que ocorra também aumento do consumo de vitaminas e minerais. Contudo, devido a hábitos alimentares inadequados, muitos atletas não conseguem atingir as necessidades de alguns desses micronutrientes.


Boa leitura